4/30/2010

Por que colecionar as figurinhas da copa?





Pra que colecionar estas besteiras que são as figurinhas da copa?

  • Ei tio, vou querer 20 pacotes
  • Pacote no bolso
  • Abrindo o pacotinho
  • Figurinha da seleção
  • Escudo (lindo)
  • Será que um dia vem 2 cromadas?
  • Carrasco francês (ah que ódio)
  • O album cada dia mais pesado (parecia tão frágil)
  • Completando a primeira linha
  • Completando a primeira página
  • Completando o primeiro time estrangeiro
  • Será que pode vir mais de 5 no pacote? rsrs
  • Completando a página do Brasil
  • Toocando com os amigos
  • A cromada vale mais (Vale não)
  • O time do Japão só tem cara estranha
  • Time grego e seus nomes de grandes gregos (Sokratis, Alexandros, Dimitrios, Gregoriis)
  • Terapia a noite
  • Maço pequeno
  • Maço médio
  • Caramba já estou com um puta de um maço de repetidas
  • E ai cara quantas seleções vc já tem preenchidas?
  • Figurinhas virtuais
  • A copa vai começar e meu algum não tá cheio
  • Galera que troca no posto
  • Primeiro estádio
  • Consegui a taça
  • Faltam quantas pra acabar?
  • Agora só quero trocar com quem tiver do Chile
  • Bagunça no sofá
  • O cachorro quer comer meu pacotinho
  • Vou fechar, vou fechar
  • Já gastei R$ ... sei lá, não interessa.
  • O Brasil tá forte...tá nada
  • Não compro mais não tá valendo a pena
  • O posto de troca tá cada dia mais lotado
  • O tempo não volta mais...o album sempre volta
  • Sei lá...
  • Terapia...

4/21/2010

Features of Connected speech

Features of Connected speech

English is a stress-timed language. This means that it has a certain kind of music or rhythm. You can hear this rhythm when people speak naturally in English. Sentences have a mixture of strong or stressed syllables and unstressed syllables, or beats. Stress-timed means that the stressed syllables fall at regular intervals and that the syllables in between are compressed to fit the rhythm. So different syllables have different lengths. Sentences with different numbers of syllables can said in the same amount of time.

Try saying theses sentences with the same length of time as the first sentence:

He’s got a laptop. He’s got a new laptop. He’s got a brand new laptop.

In natural, connected speech there are a number of changes that happen to sounds in sentences. Even if you can’t make these changes in your speech yet, it’s important to know about them when you listen to other people.

Assimilation

Here a sound is influenced by a sound next to it.

For example: Ten pence. The / n / becomes an / m / sound: 'tempence'

Elision

Here a sound is omitted or left out completely.

For example:Band stand. The / d / is lost from the first word: 'banstand'

Liaison

Here a sound links, often when words have final consonants linking with initial vowels.

For example: Peace talks (no pause between words)


Intrusion
Especially with accents that do not normally pronounce final 'r' sounds. We add an / r / sound joining the end of the first word and the beginning of the second.
For example: Law and order: 'Law 'r'and order'

Contractions

Here two or more words are joined together in some way.

For example:
He’s a computer nerd. She’s been learning how to program. We’ve bought a webcam.

I gotta buy a portable modem. I wanna new laptop. It’s kinda fun.


Short forms
We shorten many words to a schwa sound when the syllable is unstressed.
For example: You are on his team: 'You e on his team. (e = schwa)

4/17/2010

Lições de Steve Jobs

  • Não perca o consumidor de vista. O Cube afundou porque foi construído para designers, não para consumidores.
  • Estude o mercado e o setor. Jobs está constantemente vigilante para ver que novas tecnologias estão aparecendo.
  • Não pense inconscientemente sobre inovação. Sistematizar a inovação é como ver Michael Dell tentar dançar. Doloroso.
  • Concentre-se nos produtos. Os produtos são a força gravitacional que tudo reune.
  • Lembre-se de que os motivos fazem diferença. Concentre-se em excelentes produtos, não em se tornar o maior ou o mais rico.
  • Conecte. Para Jobs, criatividade é simplesmente conectar as coisas.
  • Estude. Jobs é um profundo estudioso de arte, design e arquitetura. Ele até mesmo corre por estacionamentos olhando os Mercedes.
  • Seja flexivel. Jobs desfez-se de várias das antigas tradições que tornavam a apple especial - e manteve-a pequena.
  • Queime os navios.. Jobs matou o mais popular iPod para dar lugar a um moderno e mais fino. Queime os navios e você terá que ficar e lutar.
  • Faça protótipos. Até as lojas da Apple foram desenvolvidas como qualquer produto: prototipadas, editadas e refinadas.
  • Pergunte aos clientes. O popular Genius Bar surgiu a partir de uma demanda dos clientes.

4/03/2010

Tortura Contra Mulher na Ditadura Militar‏

Segue e-mail do grande amigo Wilson Albuquerque:

Amigos e Amigas,
Nos próximos 31 de março/01 de abril/64, é para relembrarmos firmemente e com determinação, o período mais triste da recente história brasileira. Foi um dos momentos onde em nome do estado e com dinheiro do contribuinte, que agentes do estado, usurparam o poder pela força das baionetas e infrigiram mais de 04 decadas de sofrimentos aqueles que resistiram diretamente ao golpe e tb aqueles que emudeceram nos seus lares, locais de trabalho, escolas e universidades. E nisso aí, tivemos a crueldade contra nossas mulheres, companheiras, irmãs, mães, filhas...muitas morreram, e as demais sobrevivem carregando nas suas mentes sequelas irreversiveis. conclamamos para que nessa data possamos reforçar a nossa luta, que jamais, e em tempo algum, se esgotará enquanto não abrirmos os arquivos secretos do exercito, aeronautica e marinha, para em seguida, responsabilizarmos perante a justiça aqueles agentes publicos, os torturadores ( é verdae, eles circulam por aí livremente e impunimente ), fazendo justiça para que a nação brasileira possa virar essa página e construir uma nação livre e justa para a atual e futura geração.
Pela a vida e Pela A Paz, tortura nunca mais!!
Wilson Albuquerque


domingo, 28 de março de 2010

Lembrança dos crimes da ditadura militar: fazei isso em memória delas

Altino Machado às 7:55 am
POR JOSÉ BESSA FREIRE

São mulheres de diferentes cidades do Brasil. Algumas amamentavam. Outras, grávidas, pariram na prisão ou, com a violência sofrida, abortaram. Não mereciam o inferno pelo qual passaram, ainda que fossem bandidas e pistoleiras. Não eram. Eram estudantes, professoras, jornalistas, médicas, assistentes sociais, bancárias, donas de casa. Quase todas militantes, inconformadas com a ditadura militar que em 1964 derrubou o presidente eleito. Foram presas, torturadas, violentadas. Muitas morreram ou desapareceram lutando para que hoje nós vivêssemos numa democracia.
As histórias de 45 dessas mulheres mortas ou desaparecidas estão contadas no livro “Luta, Substantivo Feminino”, lançado quinta-feira passada, na PUC de São Paulo, na presença de mais de 500 pessoas. O livro contém ainda o testemunho de 27 sobreviventes e muitas fotos. Se um poste ouvir os depoimentos dilacerantes delas, o poste vai chorar diante da covardia dos seus algozes. Dá vergonha viver num mundo que não foi capaz de impedir crimes hediondos contra mulheres indefesas, cometidos por agentes do Estado pagos com o dinheiro do contribuinte.

Rose Nogueira - jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje. “Sobe depressa, Miss Brasil’, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os ‘40 dias’ do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”.

Izabel Fávero - professora, presa em 1970, em Nova Aurora (PR). Hoje, vive no Recife, onde é docente universitária: “Eu, meu companheiro e os pais dele fomos torturados a noite toda ali, um na frente do outro. Era muito choque elétrico. Fomos literalmente saqueados. Levaram tudo o que tínhamos: as economias do meu sogro, a roupa de cama e até o meu enxoval. No dia seguinte, eu e meu companheiro fomos torturados pelo capitão Júlio Cerdá Mendes e pelo tenente Mário Expedito Ostrovski. Foi pau de arara, choques elétricos, jogo de empurrar e ameaças de estupro. Eu estava grávida de dois meses, e eles estavam sabendo. No quinto dia, depois de muito choque, pau de arara, ameaça de estupro e insultos, eu abortei. Quando melhorei, voltaram a me torturar”.

Hecilda Fontelles Veiga - estudante de Ciências Sociais, presa em 1971, em Brasília. Hoje, vive em Belém, onde é professora da Universidade Federal do Pará. “Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer’. (…) me colocaram na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à ‘tortura cientifica’. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição de Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo. Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia”.

Yara Spadini - assistente social presa em 1971, em São Paulo. Hoje, vive na mesma cidade, onde é professora aposentada da PUC. “Era muita gente em volta de mim. Um deles me deu pontapés e disse: ‘Você, com essa cara de filha de Maria, é uma filha da puta’. E me dava chutes. Depois, me levaram para a sala de tortura. Aí, começaram a me dar choques direto da tomada no tornozelo. Eram choques seguidos no mesmo lugar”.

Inês Etienne Romeu - bancária, presa em São Paulo, em 1971. Hoje, vive em Belo Horizonte. “Fui conduzida para uma casa em Petrópolis. O dr. Roberto, um dos mais brutais torturadores, arrastou-me pelo chão, segurando-me pelos cabelos. Depois, tentou me estrangular e só me largou quando perdi os sentidos. Esbofetearam-me e deram-me pancadas na cabeça. Fui espancada várias vezes e levava choques elétricos na cabeça, nos pés, nas mãos e nos seios. O ‘Márcio’ invadia minha cela para ‘examinar’ meu ânus e verificar se o ‘Camarão’ havia praticado sodomia comigo. Esse mesmo ‘Márcio’ obrigou-me a segurar seu pênis, enquanto se contorcia obscenamente. Durante esse período fui estuprada duas vezes pelo ‘Camarão’ e era obrigada a limpar a cozinha completamente nua, ouvindo gracejos e obscenidades, os mais grosseiros”.

Ignez Maria Raminger - estudante de Medicina Veterinária presa em 1970, em Porto Alegre, onde trabalha atualmente como técnica da Secretaria de Saúde. “Fui levada para o Dops, onde me submeteram a torturas como cadeira do dragão e pau de arara. Davam choques em várias partes do corpo, inclusive nos genitais. De violência sexual, só não houve cópula, mas metiam os dedos na minha vagina, enfiavam cassetete no ânus. Isso, além das obscenidades que falavam. Havia muita humilhação. E eu fui muito torturada, juntamente com o Gustavo [Buarque Schiller], porque descobriram que era meu companheiro”.

Dilea Frate - estudante de Jornalismo presa em 1975, em São Paulo. Hoje, vive no Rio de Janeiro, onde é jornalista e escritora. “Dois homens entraram em casa e me sequestraram, juntamente com meu marido, o jornalista Paulo Markun. No DOI-Codi de São Paulo, levei choques nas mãos, nos pés e nas orelhas, alguns tapas e socos. Num determinado momento, eles extrapolaram e, rindo, puseram fogo nos meus cabelos, que passavam da cintura”.

Cecília Coimbra - estudante de Psicologia presa em 1970, no Rio. Hoje, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e professora de Psicologia da Universidade Federal Fluminense: “Os guardas que me levavam, frequentemente encapuzada, percebiam minha fragilidade e constantemente praticavam vários abusos sexuais contra mim. Os choques elétricos no meu corpo nu e molhado eram cada vez mais intensos. Me senti desintegrar: a bexiga e os esfíncteres sem nenhum controle. ‘Isso não pode estar acontecendo: é um pesadelo… Eu não estou aqui…’, pensei. Vi meus três irmãos no DOI-Codi/RJ. Sem nenhuma militância política, foram sequestrados em suas casas, presos e torturados”.

Maria Amélia de Almeida Teles - professora de educação artística presa em 1972, em São Paulo. Hoje é diretora da União de Mulheres de São Paulo. “Fomos levados diretamente para a Oban. Eu vi que quem comandava a operação do alto da escada era o coronel Ustra. Subi dois degraus e disse: ‘Isso que vocês estão fazendo é um absurdo’. Ele disse: ‘Foda-se, sua terrorista’, e bateu no meu rosto. Eu rolei no pátio. Aí, fui agarrada e arrastada para dentro. Me amarraram na cadeira do dragão, nua, e me deram choque no ânus, na vagina, no umbigo, no seio, na boca, no ouvido. Fiquei nessa cadeira, nua, e os caras se esfregavam em mim, se masturbavam em cima de mim. Mas com certeza a pior tortura foi ver meus filhos entrando na sala quando eu estava na cadeira do dragão. Eu estava nua, toda urinada por conta dos choques”.

São muitos os depoimentos, que nos deixam envergonhados, indignados, estarrecidos, duvidando da natureza humana, especialmente porque sabemos que não foi uma aberração, um desvio de conduta de alguns indivíduos criminosos, mas uma política de Estado, que estimulou a tortura, a ponto de garantir a não punição a seus autores, com a concordância e a conivência de muita gente boa “em nome da conciliação nacional”.
No lançamento do livro na PUC, a enfermeira Áurea Moretti, torturada em 1969, pediu a palavra para dizer que a anistia foi inócua, porque ela cumpriu pena de mais de quatro anos de cadeia, mas seus torturadores nem sequer foram processados pelos crimes que cometeram: “Uma vez eu vi um deles na rua, estava de óculos escuros e olhava o mundo por cima. Eu estava com minha filha e tremi”.
Os fantasmas que ainda assombram nossa história recente precisam ser exorcizados, como uma garantia de que nunca mais possam ser ressuscitados - escreve a ministra Nilcea Freire, ex-reitora da UERJ, na apresentação do livro, que para ela significa o “reconhecimento do papel feminino fundamental nas lutas de resistência à ditadura”.
Este é o terceiro livro da série “Direito à Memória e à Verdade”, editado pela Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O primeiro tratou de 40 afrodescendentes que morreram na luta contra o regime militar. O segundo contou a “História dos meninos e meninas marcados pela ditadura”. Eles podem ser baixados no site da SEDH.
O golpe militar de 1964 que envelhece, mas não morre, completa 46 anos nos próximos dias. Essa é uma ocasião oportuna para lançar o livro em todas as capitais brasileiras. No Amazonas, as duas reitoras - Marilene Correa da UEA e Márcia Perales da UFAM - podiam muito bem organizar o evento em Manaus e convidar a sua colega Nilcea Freire para abri-lo. Afinal, preservar a memória é um dos deveres da universidade. As novas gerações precisam saber o que aconteceu.
A lembrança de crimes tão monstruosos contra a maternidade, contra a mulher, contra a dignidade feminina, contra a vida, é dolorosa também para quem escreve e para quem lê. É como o sacrifício da missa para quem nele crê. A gente tem de lembrar diariamente para não ser condenado a repeti-lo: fazei isso em memória delas.
O professor José Ribamar Bessa Freire coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)