7/13/2006

A marcha do Software Livre

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Nesta última noite assistí a um filme chamado "A Marcha dos Pinguins" de Luc Jacquet um filme surpreendente. Nunca imaginei o quanto é sofrida a luta pela vida dos Pinguins Imperadores no polo Sul.
Impressionante foi constatar que a luta pela renovação da vida destas tão graciosas criaturas. Meses sem comida e a espera pelo alimento recompensada. Muitos ficam pelo caminho, outros conseguem reavivar o estigma de seus antepassados. Vale a pena conferir este histórico filme.

Ocorreu-me analisar o filme sob o prisma do software livre, claro. Sou um entusiasta desta filosofia e não me atenho a outra coisa ultimamente. Em especial o softawre livre em Geo me trouxe muito mais alegrias do que decepções. Muito se lutou para incutar na cabeças das pessoas um movimento contrário ao que está acostumado o mercado.

Soluções livres são sempre doloridas como a vida de um pinguim (aliás foi uma perfeita escolha fazer do pinguim o símbolo do Linux) mas não aceito desculpas esfarrapadas como são sempre propagadas pelos que não aceitam o novo.

Este filme me fez acreditar ainda mais no poder da persistência e na crença pelo futuro melhor. O software livre não é para todos, assim como a vida não é para todos, temos que lutar por ela e com o software livre também.

Viva os pinguins e os entusiastas livres. Viva a colaboração e a inteligência. Viva pinguim Imperador.

7/01/2006

O Racismo e as Cotas

O sistema de cotas é contra as leis de Darwin , nela o mais fraco e ignorante prevalece.

Bem, estou a muito tempo tentando escrever sobre o assunto mas só agora tenho um pouco de tempo para pensar sobre o assunto. O sistema de cotas proposto pelos políticos brasileiros está me tirando do sério. Sempre fui uma pessoa contra o racismo. Qualquer forma de discriminação é deplorável.


Mas vamos aos fatos. O Brasil está consolidando (desde a administração FHC) a proposta de sistematizar as cotas em quaisquer inclusão intelectual ou profissional. É a proposta disponibilizar cotas para raças em empresas públicas e universidades. Um sistema tão sujo quanto a própria discriminação. Como diminuir o racismo e a exclusão social com uma política baseada na cor da pele ?


Este ano teremos eleição e eu duvido muito de encontrar algum candidato tenha a coragem de dizer que é contra esta política. Eles estão de olho nos votos dos negros pobres e não abrem mão deste ideologismo barato para pedir seus votos dos que não honram seus precedentes negros como Zumbi dos Palmares.


As pessoas negras têm uma história de sofrimento e merecem receber mais respeito entretanto não devem de forma alguma serem beneficiados de forma discriminatória como o foram no passado para justificar que muito tempo foi perdido. Não creio nos negros que querem passar por cima da nossa carta magna para levar seus interesses a frente. Mas o que seria dos grandes negros brasileiros se algum dia no passado tivessem lhes dado uma cotinha aqui, uma cotinha ali ?


Grandes negros brasileiros como Djavan, Seu Jorge, Milton Nascimento, Joaquim Barbosa Gomes (primeiro ministro negro do supremo tribunal federal), Zumbi dos Palmares, Ronaldinho Gaucho, sem falar de todos os falsos brancos que desfilam seu cabelinho crespo em seus grandes carrões, limusines e em salas executivas do Brasil são o orgulho da raça negra do Brasil. Eu tenho orgulho de todos, entretanto existem outros que não se sentem assim.


Dia do negro, movimento negro, direitos dos negros, sou contra tudo isto. O negro no Brasil ainda não se deu o respeito. Até hoje não veio nenhum na televisão para mostrar que não está disposto a favores e sim de respeito. Um negro (homem) brasileiro tem que ser antes de tudo uma pessoa consciente de sua capacidade e dignidade. As cotas tiram a dignidade dos negros.


Sou sim a favor de produtos como o "Say No to Racism" da FIFA uma iniciativa inteligente e que deve virar moda (mesmo eu não acreditanto). Assim como o Say no to Racism deveriamos também dizer "Say no to War" ou "Say no to Hungry". Talvez programas inofensivos como este podem inserir no inconsciente coletivo o sentimento de que o racismo, a guerra e a fome devem ser objeto de ojeriza por todos.




Negros, vamos exigir ser chamados de homens e mulheres e não de negros e negras. Não vejo alguma diferença entre as partes negras, brancas, indígenas ou amarelas. Somos todos seres humanos e dignos de respeito. Se os negros se comportarem como uma raça serão sempre tachados de negros. Ufa que pena. Espero ter com este artigo, estimulado um único negro que seja a se valorizar e não exigir cotas. Sejam mais humanos e menos racistas.

É claro que o mito da democracia racial não existe, entretanto não vemos a democracia amplamente exercida em nosso país. Antes de termos uma democracia racial deveremos ter uma democracia no seu sentido mais amplo, onde todos são iguais perante a lei.


Alguns negros são claramente racistas mas raramente encontraremos brancos tentando criar o movimento branco, o dia do branco, o dia da consciência branca. Enquanto existirem estes indivíduos os negros continuarão a ser chamados de negrinhos, mulatinhos, negrinhas e tal.


Levantem-se todos contra o racismo, o racismo de brancos contra negros e de negros contra negros e brancos me enojam. A vida merece muito mais, eu mereço muito mais. Tenham um bom dia e não admitam serem discriminados em qualquer hipótese.